segunda-feira, 11 de junho de 2012

POLICLINICA DO BAIRRO SÃO PEDRO TORNA-SE PALCO DE PROBLEMAS PARA A POPULAÇÃO


Pacientes e acompanhantes esperando por atendimento


A Policlínica no bairro São Pedro 3 tem se tornado palco de muitos problemas para a comunidade que procura ali atendimento médico. Se por um lado a precariedade e a falta de condições para os clínicos, que sofrem para trabalhar ali, por outro lado a população sofre ao buscar ali atendimento médico.
A falta de acomodações adequadas para proporcionar uma espera mais confortável para os pacientes é um problema que se constata na entrada da clinica. Tem dias que os pacientes tem de esperar muitas horas para ser atendido e esta espera é de uma forma desconfortável e precária.
Outro problema ali facilmente constatado é o despreparo dos seguranças que prestam serviço no local, que não tem paciência ao lidar com os pacientes e seus acompanhantes. Há quem os compare com agentes penitenciários ou carcereiros, tamanha é a grosseria em muitos casos ali.
Claro que há também os pacientes que já chegam ali alterados, nervosos e alguns até embriagado, e querem “descontar” seus problemas nos profissionais que ali atendem. No ultimo dia 6 (maio) um segurança que prestava serviço no local chegou a ser detido.
Segundo pacientes que estavam na unidade de saúde, o autônomo Laerte Mercier chegou nervoso ao local buscando atendimento para a esposa, e criou um atrito com o segurança. O paciente chamou o filho policial, que prendeu o segurança, alegando desacato. O vigia foi encaminhado para o Departamento de Polícia Judiciária de Vitória (DPJ).
De acordo com Laerte Mercier, houve demora para o atendimento de sua esposa ser realizado. “Fiz a ficha e fui para sala de triagem, mas não tinha nenhum médico para atender, e com muito custo conseguiram uma médica", explica.

Quem estava no local disse que a policlínica estava praticamente vazia e que não houve demora no atendimento. “Cheguei por volta de 6h25 para trazer minha neném, estava tão tranquilo que ela foi atendida em menos de dez minutos”, contou a vigilante Natalicia dos Santos. A técnica de enfermagem Daliane Silva disse que o paciente se exaltou. “A médica vinha atender, pediu para aguardar cinco minutos, só que ele entrou, bateu em todas as portas, o segurança veio e pediu para ele sair”, relata.

De acordo com as testemunhas, o segurança chegou para trabalhar e antes mesmo de colocar o uniforme, percebeu o tumulto e tentou ajudar. O paciente não gostou e chamou a polícia. O filho, que também é policial, chegou ao local, e acabou prendendo o segurança. “O vigilante me desacatou e ao meu filho também. E meu filho não sabia de nada, porque eu chamei o Ciodes”, explica Laerte. (e “coincidentemente” o foi o filho policial que foi atender ao chamado).

O médico Diógenes Schuartz disse que ficou indignado com a situação. “É o fim do atendimento médico de qualidade. Os pacientes já chegam muito alterados e acabam agredindo. Infelizmente, aconteceu essa experiência hoje e foi meu último dia, não trabalho mais em pronto atendimento público”, conclui.
Outro tipo de problema no local é o atendimento que está reduzido. “A Policlínica de São Pedro, em Vitória, está com o atendimento reduzido, e tem muita gente saindo sem atendimento de lá. Só tem um clínico atendendo,  e os funcionários sempre nos informam que não sabem se haverá uma equipe no plantão da noite.”
conforme relato de dona Ireni, moradora do bairro São Pedro 3.

Apesar desta  reclamação, a Secretaria Municipal de Saúde garante manter três clínicos por plantão na Policlínica de São Pedro. Esse quantitativo foi definido com base no protocolo do Ministério da Saúde, considerando os serviços prestados pela unidade. O problema é que em fins de semana e em época de frio, por exemplo, este numero é pequeno para atender a população, que já vai para ali estressada devido aos problemas de saúde.
Outro detalhe também é que nem sempre este numero de clínicos é encontrado ali prestando serviço. E pacientes que não querem ser identificados informam que as vezes os médicos estão dormindo nas enfermarias da Policlínica.
Acompanhantes são impedidos de entrar na Policlinica

A solução estaria numa fiscalização maior e mais apurada por parte da secretaria da saúde, em que fosse apurada os verdadeiros problema do local. esta fiscalização poderia também incluir uma auditoria, onde a população pudesse manifestar suas reclamações e sugestões para melhora no atendimento na Policlínica de Vitória, que é referencia em toda a região metropolitana. Esta fiscalização poderia acontecer até mesmo em fins de emana e nas madrugadas, dias e horários estes onde acontecem mais deste tipo de problema.
Através desta fiscalização a secretaria de saúde poderia então planejar e oferecer aos clínicos que trabalham ali melhores condições para atender os pacientes, além claro, de aumentar o numero de clínicos que ali prestam atendimento.
Uma melhora no atendimento a população e nas acomodações na triagem do local traria melhor satisfação por parte dos pacientes.
E sujeitar os seguranças a uma triagem para adaptação no atendimento a população, lembrando que o local é frequentado por pessoas que estão doentes e não merecem serem tratadas de maneira que aumente o seu sofrimento. Um treinamento especifico ajudaria muito na relação paciente-segurança. Alguns seguranças agem ali como se fossem policiais tomando conta de bandidos em delegacias.

Isto é Brasillllll.....

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