quinta-feira, 19 de maio de 2011

SARNEY PROPÕE PLEBISCITO SOBRE ARMAS EM OUTUBRO - ATRIBUNA VITÓRIA, ES, QUARTA-FEIRA, 13 DE ABRIL DE 2011

SENADOR JOSÉ SARNEY    ..."

O presidente do senado, José Sarney (PMBD), anunciará a apresentação de um projeto de decreto legislativo convocando para o primeiro domingo de deste ano um um novo plebiscito sobre desarmamento no país.
A apresentação da proposta foi aprovada ontem, durante reunião de líderes partidários no gabinete da Presidência do Senado.
 Se for aprovada, a nova consulta nacional será realizada a partir da seguinte pergunta: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”. Senado e Câmara precisam aprovar a realização da consulta.
Para ser protocolada na Mesa Diretora da Casa, a proposta de Sarney precisa de 27 assinaturas de senadores. A partir do protocolo, a matéria será lida no plenário da Casa e seguirá à Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Depois de ser analisada na comissão, a proposta seguirá para o plenário do Senado. Se for aprovada, será enviada à Câmara, onde seguirá o mesmo trâmite e vira lei. “Acho que devemos tomar uma iniciativa nesse sentido (de realizar um novo referendo). Vou tratar disso na reunião com os líderes dos partidos no Senado para ver se temos condição de votar imediatamente uma lei modificando o que foi decidido no plebiscito e fazendo outro plebiscito”, disse Sarney.
A decisão do presidente do Senado de apresentar projeto para uma nova consulta nacional ocorreu  cinco dias   após   a   tragédia ocorrida na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio.
Na justificativa da matéria, Sarney afirma que o novo plebiscito “permitirá não apenas que o povo decida o que achar melhor, como ensejará um debate amplo com a sociedade civil sobre o tema”.
Em outubro de 2005, o País decidiu, a partir de um plebiscito, manter a compra de armas e de munição por 63,94% dos votos válidos contra 36,06%.
Apesar de ter sido apresentada por Sarney, a proposta não é unanimidade no Senado. O líder do DEM, Demóstenes Torres, reprovou a realização de novo plebiscito. O senador do PDT do Mato Grosso, Pedro Taques, afirmou que a matéria é “inflação legislativa ”, porque surge em momento de comoção nacional.
O senador Itamar Franco (PPS) também não considera importante convocar a população.

DEPUTADOS CAPIXABAS FAZEM ELOGIOS


Os deputados estaduais elogiaram ontem a iniciativa dos membros do Senado de promover plebiscito em âmbito nacional para tratar do desarmamento no País.
Presidente da Comissão de Segurança, o republicano Gilson Lopes, o Gilsinho, se mostrou favorável ao plebiscito.
“Acho a iniciativa prudente. Só pode usar arma quem tiver a função que a lei permite”, afirmou o deputado, que é delegado de Polícia Civil.
Seguindo a mesma tendência favorável, o deputado Rodney Miranda (DEM) — que ocupou a Secretaria de Estado da Segurança n o   g o v e  r n o  P a u l o   H a r t u n g(PMDB) — ponderou que as armas deveriam ser liberadas apenas para pessoas treinadas. “A iniciativa é boa, mas tenho dúvidas jurídicas. Contudo, como da outra vez votei contra a venda de arma, vou fazer campanha e votar agora sobre os mesmos argumentos”, disse Rodney.
Indagados sobre o assunto, os deputados Glauber Coelho (PR), Theodorico Ferraço (DEM) e Geni va  ldo L i e vo re   (PT)   também apoiaram a iniciativa do presidente   do   Senado ,  José  Sarney (PMDB), de apresentar a proposta do plebiscito.  “Qualquer tipo de ação legal para dificultar a venda de armas eusou a favor”, disse Glauber. Contudo,  não  s ão  todos  que acham que o assunto deve ser tratado por meio de um plebiscito. O deputado Elcio Alvares (DEM) afirmou que a decisão sobre o desarmamento deve ser tomada pelo
p a r l a m e n t o. “O Congresso tem de assumir a responsabilidade de representante do povo. Não tem porque transferir a responsabilidade ao povo”, disse o democrata.

BANCADA FEDERAL APÓIA PROPOSTA
A bancada federal capixaba se mostrou favorável ao plebiscito nacional sobre o desarmamento no País proposto pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB). “Precisamos desarmar a população para diminuir a violência no País ”, enfatizou o deputado Audifax Barcelos (PSB). Para Sueli Vidigal (PDT) já passou da hora de retomar a discussão.“A população precisa se conscientizar que a arma só traz uma falsa sensação de proteção”, completou Carlos Mannato (PDT).
O   deputado   Lelo   Coimbra (PMDB) ressaltou que o assunto merece não só referendo, mas um questionamento profundo sobre as armas ilegais no Brasil.
Camilo Cola (PMDB) concorda em rever a situação do contrabando de armas. “O governo não consegue coibir com uma fronteira muito exposta como a nossa”. A fiscalização mais rígida também foi defendida por César Colnago (PSDB). “Precisamos de leis que imponham um controle maior”.
O governo federal pretende antecipar a campanha de desarmamento de julho para maio em função do ataque na instituição de ensino do Rio de Janeiro, que resultou na morte de 12 crianças. “É um movimento pacífico, que pode evitar a desagregação da 
família. Temos o dever de apoiar”, disse o senador Magno Malta (PR).


MEU COMENTÁRIO PESSOAL:
Ao ler uma noticia dessa eu me pergunto: “por que o senador Sarney demorou tanto em propor tal plebiscito? Ou melhor: por que o senado federal demorou tanto para se voltar para uma questão tão importante?
Observem que na própria noticia diz que a decisão se eu cinco dias após o massacre no Colégio Tassio da Silveira, em realengo, Rio, onde a vida de treze crianças foram ceifadas de forma covarde e cruel.
Precisou acontecer uma tragédia dessa proporção para acordar o pessoal em Brasília. Só que fazer uma pesquisa popular não vai resolver a situação. Pedir para os criminosos entregarem as armas em alguma delegacia é o mesmo que pedir o vento para noa ventar.
Sim, intensificar a vigilância em cima dos fabricantes de armas será muito bom, pois eu penso que deveria existir uma cota limite para fabricação de armas, e mais regras para a sua comercialização.
Mas necessita-se muito mais ainda de  desarmar quem esta indevidamente armado.
Todos nós somos cientes do poder de fogo dos criminosos. Eles têm muito mais poder de fogo do que a policia. E ainda mais: não tem regras para usarem suas armas contra a sociedade.
Necessita-se de investir contra os criminosos, prender quem deve ser preso, e desarmá-los.
E principalmente, é necessário uma investigação minuciosa para descobrir como eles obtêm tais armas. Já houve quem dissesse que essas armas são compradas no Rio de Janeiro. Mas como essas armas chegam lá nas “lojinhas” dos bandidos? Quem fornece armas de uso restrito das forças armadas para os criminosos? Como que armas pesadas,d e grosso calibre, e grande poder letal, de origem estrangeira e até mesmo de uso restrito das forças armadas de outros países vêm parar nas mãos dos traficantes de assombram nossas cidades? Será que esse armamento é transladado às mãos dos criminosos?  Será que não tem ninguém La de dentro se debandando para o outro lado e desviando essas armas para as mãos dos criminosos?
Essas armas saem de dentro dos quartéis das policias, dos exércitos, etc, e vai lá para a favela, para a boca de fumo, para a mãos dos criminosos. E esse armamento não vem sozinho, alguém tem de trazer, e esse alguém é gente de acesso, é gente grande lá dentro.
Então, fazer plebiscito é legal, desarmar a galera será legal também, mas para cada arma que hoje é tirada da rua aparecem mais dez no lugar, e assim sendo, tem-se de investigar lá dentro dos comandos e descobrir quem é ou quem são os fornecedores. Ai sim, teremos maiores avanços  no desarmamento.
Por a policia para subir morro hoje, prender bandidos e apreender armas são legal, mas amanha esta tudo de volta lá e em quantidade maior. Tem de se cortar o mal pela raiz, tem de se chegar aos fornecedores principais.
Então a pergunta que fica para se pensar na resposta é:
Por que as autoridades políticas de nosso pais não se interessa em cortar a raiz desse mal? Por que ao invés de fazer plebiscito, nos fazendo sair de nossas casas para ir a uma urna eleitoral só para responder a uma pesquisa idiota, eles não levantam CPIS do ARMAMENTO, para descobrir e punir esses fornecedores de armas para os bandidos? Talvez porque não querem expor algum colega ou porque o escândalo seria grande demais, ou quem sabe porque assim fazendo se fecharia uma  fonte de renda “extra”...
Enfim...
Mas como eu sempre falo... a hipocrisia anda cambaleando nas ruas.
Achar que uma pesquisa vai resolver a questão que assombra a população brasileira a tempos é um grande ato de hipocrisia... mas para quem anda com seguranças para baixo e para cima, só sai de carro blindado, e moram em verdadeiras fortalezas, pode se pensar assim.
Pois é.... é desse jeito que o Brasil anda!


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